Cordelirando...

sexta-feira, 30 de abril de 2021

Cordelirando até em estudos científicos!




 Cordelirando até em estudos científicos!


Adivinhem o que o recente livro científico de autoria de Salete Maria da Silva traz em suas páginas iniciais? Literatura de cordel, é claro! Pois embora a obra trate de Feminismo jurídico em termos acadêmicos, nossa cordelista já vem falando disso, em prosa ou em verso, há muito tempo! E sua aposta sempre foi  no feminismo raiz, já que há mais de 30 anos vem destacando o papel das mulheres na sociedade, a luta pelos seus direitos e, principalmente, a importância do Direito como ferramenta emancipatória. Tanto é que em 1999 ela fez o cordel intitulado "Habeas bocas, companheiras!" para inaugurar o I Encontro da Mulher Advogada do Cariri e em 2016 fez outro cordel intitulado "Mulheres Advogadas, habeas bocas companheiras", pra fortalecer a luta pela paridade dentro da OAB. Portanto, para quem desejar conhecer esta nova obra, é só adquirí-la no site do Instituto Memória, já que os cordéis são todos gratuitos e postados aqui neste blog. Corre lá! Tá esperando  o quê?

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Seguiu em busca de Paz



 Erivan partiu tão cedo

Seguiu em busca de paz

Cada um tem seu enredo 

E só Deus sabe o que faz

Fica a lembrança do olhar

Do jeitinho de falar 

Que não se apaga jamais


Não julgar, não condenar

Apenas compreender

Ou ao menos respeitar

Pois ele estava a sofrer

E decidiu se ausentar

Pra junto de Deus ficar

No primeiro entardecer


Dum primeiro de janeiro

De dois mil e vinte um 

Seu suspiro derradeiro

Se deu de modo incomum

Sozinho dentro de casa

Quem sabe a mente em brasa

Não via futuro algum


Deixou essa vida dura 

Pra viajar sem retorno

Aqui não cabe censura

E nem palavra de adorno

Oremos pelo descanso

Daquele coração manso

Mas que jamais era morno 


Que Deus acolha a alma

E lhe conceda perdão

Que a viagem seja calma

E o gesto não seja vão

Que encontre o refrigério

Que um anjo de corpo etéreo 

 Pra ele estenda a mão


Que siga para as estrelas 

Coberto em manto de luz

E que a família possa vê-las

Em formato de capuz

Da jaqueta que ele usava

Quando a moto pilotava 

Após comer um cuscuz


Que siga a nova jornada

Para a eternidade

E lá na nova morada

Encontre amor e bondade

De pai, mãe e avós

E de lá ore por nós

Que choramos de saudade!