De Violeta se diz
É flor, é cor, é odor
Sendo ‘rosa de Paris’
No Crato ramificou
Faz parte do Cariri
Qual uma flor de pequi
Que neste solo brotou
Imensa qual uma rocha
Em bondade e ação
É pequenina, a cabrocha
Em corpo, em compleição
Mas fulgura noite e dia
Exsurge em poesia
Faz da cultura oração
Uma romeira elegante
De echarpe e colar
Um dia foi retirante
Mas soube se emancipar
Acolheu os exilados
Os expulsos, degredados
Fez do exílio um lar
Devota da liberdade
Amante da natureza
Pra ela não há idade
Sorri qual uma princesa
Ama reisado e lapinha
Dança-do-côco e farinha
Forró e azul-turquesa
Uma mulher de seu tempo
Tudo então lhe interessa
Na vida ela põe fermento
Tem paixão e nunca cessa
Nasceu para construir
Vive no mundo a parir
Como disse Bia Lessa
De tudo que se imagina
Seja do campo à cidade
Com tudo ela combina
Ela é possibilidade
Erigiu neste lugar
Espaço para estudar
Chamado Universidade
Impõe respeito inclusive
Entre seus opositores
Com tudo ela convive
Preto, branco, multicores
Não tolera violência
É a mãe da paciência
Ouvidora de clamores
Nem sempre compreendida
Certa vez foi destratada
Outras vezes ofendida
Noutras foi ovacionada
Mas segue sua missão:
“operária em construção
Carpinteira da estrada”
Diz-se amante da serra
E culturista da arte
Guarda lembrança da terra
De Beauvoire e Sartre
Sabe que andou de jipe
Que nasceu no Araripe
Mas seu mundo é toda parte
É forte e irrequieta
Altiva, porém cortês
De Dom Helder predileta
Casou-se com um francês
Irmã de Miguel Arraes
Milita em nome da paz
Assim a vida lhe fez:
Esta tua alma agreste
Não te limita, te amplia
A forma como te vestes
O verbo que balbucias
Nas terras por onde andaste
Não viu mãe d’água nem traste
Mas tudo te comovia
Donde vem tua energia
Teu bom humor, tua luz
Tua elegância e magia
O sonho que te conduz
De tudo que tu encerras
O povo de tua terra
D’alguma forma faz jus
Envolvida com a vida
Vê poesia no ar
Resoluta, decidida
Quem poderá te odiar
Tua modéstia e lhaneza
Jovialidade e destreza
Muitas querem imitar
Nesta tua tradição
Vejo pós-modernidade
Criativa intuição
Prenhe de brasilidade
Uma mulher de expressão
Sertaneja de visão
Singular-pluralidade
Curadora de benditos
Patrona de cantorias
Paraninfa de malditos
Concedente de alforrias
Matriz, matrona, matreira
Mãe, mulher, macaubeira
Comandante de alegrias
Musa no superlativo
Se chama agora teatro
Simples em definitivo
Imensa rosa do Crato
Mocinha sai do sertão
De pau-de-arara a avião
Eis o teu primeiro ato
Secretária da Cultura
Psicóloga, professora
Pelejante criatura
Viajante, opositora
Tens espírito solidário
Vida é teu vocabulário
Reinas, sendo ou não reitora
Honra ao mérito, Senhora
A República te dá
Pra registrar na memória
Do povo do Ceará
Tua conduta acertada
(Mais do que condecorada)
Só pode nos orgulhar!
Viola ou Violeta
Em Gil, Betania e Caetano
A poesia te espreita
Por tudo que é humano
Vixe Maria, muié
És maior que tua fé
És com Deus, o Soberano!
É flor, é cor, é odor
Sendo ‘rosa de Paris’
No Crato ramificou
Faz parte do Cariri
Qual uma flor de pequi
Que neste solo brotou
Imensa qual uma rocha
Em bondade e ação
É pequenina, a cabrocha
Em corpo, em compleição
Mas fulgura noite e dia
Exsurge em poesia
Faz da cultura oração
Uma romeira elegante
De echarpe e colar
Um dia foi retirante
Mas soube se emancipar
Acolheu os exilados
Os expulsos, degredados
Fez do exílio um lar
Devota da liberdade
Amante da natureza
Pra ela não há idade
Sorri qual uma princesa
Ama reisado e lapinha
Dança-do-côco e farinha
Forró e azul-turquesa
Uma mulher de seu tempo
Tudo então lhe interessa
Na vida ela põe fermento
Tem paixão e nunca cessa
Nasceu para construir
Vive no mundo a parir
Como disse Bia Lessa
De tudo que se imagina
Seja do campo à cidade
Com tudo ela combina
Ela é possibilidade
Erigiu neste lugar
Espaço para estudar
Chamado Universidade
Impõe respeito inclusive
Entre seus opositores
Com tudo ela convive
Preto, branco, multicores
Não tolera violência
É a mãe da paciência
Ouvidora de clamores
Nem sempre compreendida
Certa vez foi destratada
Outras vezes ofendida
Noutras foi ovacionada
Mas segue sua missão:
“operária em construção
Carpinteira da estrada”
Diz-se amante da serra
E culturista da arte
Guarda lembrança da terra
De Beauvoire e Sartre
Sabe que andou de jipe
Que nasceu no Araripe
Mas seu mundo é toda parte
É forte e irrequieta
Altiva, porém cortês
De Dom Helder predileta
Casou-se com um francês
Irmã de Miguel Arraes
Milita em nome da paz
Assim a vida lhe fez:
Esta tua alma agreste
Não te limita, te amplia
A forma como te vestes
O verbo que balbucias
Nas terras por onde andaste
Não viu mãe d’água nem traste
Mas tudo te comovia
Donde vem tua energia
Teu bom humor, tua luz
Tua elegância e magia
O sonho que te conduz
De tudo que tu encerras
O povo de tua terra
D’alguma forma faz jus
Envolvida com a vida
Vê poesia no ar
Resoluta, decidida
Quem poderá te odiar
Tua modéstia e lhaneza
Jovialidade e destreza
Muitas querem imitar
Nesta tua tradição
Vejo pós-modernidade
Criativa intuição
Prenhe de brasilidade
Uma mulher de expressão
Sertaneja de visão
Singular-pluralidade
Curadora de benditos
Patrona de cantorias
Paraninfa de malditos
Concedente de alforrias
Matriz, matrona, matreira
Mãe, mulher, macaubeira
Comandante de alegrias
Musa no superlativo
Se chama agora teatro
Simples em definitivo
Imensa rosa do Crato
Mocinha sai do sertão
De pau-de-arara a avião
Eis o teu primeiro ato
Secretária da Cultura
Psicóloga, professora
Pelejante criatura
Viajante, opositora
Tens espírito solidário
Vida é teu vocabulário
Reinas, sendo ou não reitora
Honra ao mérito, Senhora
A República te dá
Pra registrar na memória
Do povo do Ceará
Tua conduta acertada
(Mais do que condecorada)
Só pode nos orgulhar!
Viola ou Violeta
Em Gil, Betania e Caetano
A poesia te espreita
Por tudo que é humano
Vixe Maria, muié
És maior que tua fé
És com Deus, o Soberano!
Que linda a homenagem que vc fez a essa grande mulher, Salete!
ResponderExcluirDona Violeta foi personagem principal na história da URCA e da cultura Cearense.
Parabéns, pq vc, também uma grande mulher (apesar de miudinha na estatura), teve o deleite de conviver com tão augusta criatura!
salete, tudo bem? tentei achar um e-mail para contato, mas não consegui. trabalho aqui no diario de pernambuco e queria falar com você sobre Violeta Arraes, para um perfil que estamos fazendo. Obrigado.
ResponderExcluirMinha querida, q lindo o q falou de D. Violeta.
ResponderExcluiradorei achar esse blog e poder usufruir de seus delírios.
Q lindoooooo
ResponderExcluiramei amei amei...
olha só, n sei q vc gosta de Memes, mas indiquei vc no meu blog p responder um sobre musicas...
da uma passada lá
http://queiroz19.blogspot.com/
Obrigada aos que visitaram meu blog.
ResponderExcluirAmei! Todas as estrofes de conteúdo real,ainda são poucos os quais expressam justiça, pela valorosa MULHER que foi Viola Violeta! Parabéns! Disse bem!
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