TRÊS É UM REAL
Ele entra no buzu
Anunciando o produto
Vende doce de caju
E salta no viaduto
Ela já sobe suada
E faz aquela zuada
Gritando: o sistema
é bruto!
Ele chega e se
desculpa
Pelo ‘silêncio’
quebrar
Mas logo grita sem
culpa
Quem vai querer
guaraná?
Ela, com
espalhafato,
Exibe amendorato
E bala de maracujá
Ela sobe
proclamando
Que tem água
mineral
Ele aparece berrando
Que tem bombom de
cacau
Ela diz que tem
chiclete
Ele tem pé de
moleque
E alguém faz um
sinal
Ela fala em Jesus
Para vender
chocolate
Ele faz sinal da
cruz
Para vender alicate
Ela agradece ao
‘motor’
Ele acena ao
cobrador
Que também já fez
biscate
E capa pra celular
Ela diz que tem
chupeta
Brinco, anel e colar
Ele grita: olha o
tridente!
Ela exibe escova e
pente
Dizendo: é pra
acabar!
Ela traz doce de
leite
Ele talco pra chulé
Ela vende uns
enfeites
Ele entra com picolé
Ela tem bronzeador
Óculos e protetor
Ele tem creme pro pé
Ele mostra adesivos
Ela passa com
sequilho
Ele vende curativos
Ela traz bolo de
milho
Ele tem H2O
Ela vende pão de ló
Ele traz batom e
brilho
O dia todo é assim
E todo dia é igual
A batalha não tem
fim
Na terra do carnaval
Ela e ele vão
gritar
E a gente vai
comprar
Porque três é um
real!
Salete Maria
Salvador, março de
2014
Imagem:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1IKCFPCJbHyAFGvQKPzNVwNmovOLyCQ5-C2UPNVUawyR2rTmXtMz4s1LKvyHCd40D65AMHNx7ufivUlolz6E5P6JyNy7wvcEgbIQROZKyqLdRtC78qBWb5pGVXC8MJo-FdDK8AkYGJw4Y/s1600/1246488115680_f.jpg
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