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Na história da
Humanidade
Seja qual for o lugar
Há muita perversidade
Contra quem ousa lutar
A favor de seus direitos
Ou contra os preconceitos
Que servem pra segregar
Há registros
abundantes
Sobre as perseguições
Praticadas por gigantes
Dirigentes e patrões
Coronéis e capatazes
Opressores contumazes
Dos que romperam grilhões
Nos compêndios de
História
Já é possível encontrar
Fatos, dados e memórias
Que nos fazem relembrar
De tempos abomináveis
Agora reeditáveis
Por quem gostar de mandar
É possível
perceber
Como eram alcunhados
Tal como hoje se vê
Seres culpabilizados
Que além das injustiças
São chamados de carniças
Por sujeitos potentados
Muitos grupos
sociais
Que combatem privilégios
São tidos por marginais
Pelos dignos e egrégios
Que os chamam baderneiros
Vândalos e confuseiros
Dentre outros impropérios
E no caso das
mulheres
Que insistem em lutar
E metem suas colheres
Ousando se rebelar
Contra grupos incrustados
Dentro e fora do Estado
Todo mundo quer xingar
Seja qual for o lugar
Há muita perversidade
Contra quem ousa lutar
A favor de seus direitos
Ou contra os preconceitos
Que servem pra segregar
Sobre as perseguições
Praticadas por gigantes
Dirigentes e patrões
Coronéis e capatazes
Opressores contumazes
Dos que romperam grilhões
Já é possível encontrar
Fatos, dados e memórias
Que nos fazem relembrar
De tempos abomináveis
Agora reeditáveis
Por quem gostar de mandar
Como eram alcunhados
Tal como hoje se vê
Seres culpabilizados
Que além das injustiças
São chamados de carniças
Por sujeitos potentados
Que combatem privilégios
São tidos por marginais
Pelos dignos e egrégios
Que os chamam baderneiros
Vândalos e confuseiros
Dentre outros impropérios
Que insistem em lutar
E metem suas colheres
Ousando se rebelar
Contra grupos incrustados
Dentro e fora do Estado
Todo mundo quer xingar
Já foram ditas histéricas
Loucas e desnaturadas
Denominadas coléricas
Bruxas e descompensadas
Chatas e inconvenientes
Impuras ou indecentes
Por não ficarem caladas
Com sua misoginia
Mandava o seu recado
Escrito à luz do dia
Repudiando condutas
De maneira absoluta
Para conter rebeldia
Política ou religião
Sempre havia a prepotência
Do prescritor de plantão
Que se achava no direito
De etiquetar o “defeito”
Da fêmea que disse não
Artes ou jurisprudência
Toda mulher “sem candura
Decoro ou obediência”
Passava a ser apontada
Julgada e demonizada
Conforme a ocorrência
Era comum se encontrar
Mulheres ditas megeras
“Por não saber se portar”
Diante das injustiças
Ou das antigas premissas
Que as obrigava calar
Há resistência também
E assim nasce a insurgência
De quem já não diz amém
Para discriminação
Privilégio ou opressão
Seja de um ou de cem
Emergem por toda parte
E denunciam machismos
Racismos e disparates
De classe e/ou profissão
Família e religião
Dogmas ou estandartes
Na escola ou parlamento
A gente senta a pua
E gera empoderamento
Apesar das divergências
Compartilhamos a crença
Em um mundo sem tormento
Graças às nossas batalhas
Também derrotas contamos
Por causa de alguns canalhas
Que defendem retrocessos
Dentro e fora de um Congresso
Que tanto nos atrapalha
Que são machistas também
E discursam veementes
Para o mal ou para o bem
Mantendo o androcentrismo
Assim como o populismo
Que vence quando convém
Para quem é feminista
É ver um peixe graúdo
De facção marxista
Alcunhar de encrenqueira
De forma rude e grosseira
Outra mulher ativista
Que luta em prol de direitos
Que jamais fica silente
Ante assédio ou malfeitos
De direita ou de esquerda
Que geram danos e perdas
E ainda exigem respeito
Em razão do meu trabalho
E não era “fogo-amigo”
E muito menos “ato falho”
Partiu de uma autoridade
Que goza da amizade
De gente pra quem não valho
De forma institucional
E muito me ofendeu
Mas passou como normal
Afinal, quem se opõe?
Se o cargo se sobrepõe
Àquela que é marginal?
Que ocupa o poder
Revelando um malmequer
Que nem tentou esconder
Mas ofendeu minha honra
Causando-me a desonra
Que não dá pra descrever
E nem resposta me veio
Comuniquei a questão
A autoridade do meio
Que apenas lamentou
E de assunto mudou
Seguindo outro correio
Ou mesmo indignação
Pois há seletividade
Neste tipo de ação
Já que notas de repúdio
Dependem de um prelúdio
Chamado de lacração
No partido da galera
E tampouco sou cupicha
De quem ainda tolera
Falta de democracia
Privilégio e mordomia
Quando o contrário se espera
Que fala com independência
E não faz parte da lista
Dos que batem continência
Pra deputado ou reitor
Guru ou governador
“Não merece a deferência”
Nem houve retratação
E com silêncio agiram
Ante a solicitação
De um esclarecimento
Já que no dito momento
Chorei de indignação
De tantas perseguições
Um ato, uma breve cena
Do que se dá nos porões
De nossa Universidade
Cujo combo de maldades
Dar-lhes-ei outras versões
Quem sabe a gente esteja
Vivendo uma reedição
De umas antigas pelejas
Que a história faz menção
Onde mulheres ousadas
Fortes e “malcomportadas”
Sofriam muita pressão?
Como disse o pensador...
Já que a turma nem disfarça
Ao nos impingir a dor
Feminismo autoritário?
Esquerdismo salafrário?
Ou simplesmente o horror?
Contra o bolsonarismo
Que chama de baderneira
Ciência com vanguardismo
Mas também é intestina
Contra essa toxina
Que paga de feminismo
Onde houver opressão
Não importa o lugar
Sujeito ou tradição
Se visam nos excluir
Demonizar ou ferir
Não vai haver união
E ver se presta ou não
E não se pode aceitar
Nenhuma segregação
Sobretudo no Estado
Cujo poder não é dado
Mas conquistado em ação
Com prática de exclusão?
Isso é iniquidade
E exige reação
Mesmo que a autoridade
Crave a sua verdade
Com carimbo e impressão
Ou recatada e do lar?
Quem define é a sua lente?
Fale quem quiser falar
Fica um recado então:
Eu venho lá do sertão
E posso não lhe agradar!
Conforme sei que ocorreu
Que me pintem de indecente
Distorcendo o que se deu
Que se juntem contra mim
Vou lutar até o fim...
Já que a encrenqueira sou eu!
Salete Maria
Salete querida sou uma admiradora do seu talentoso trabalho, gracças as redes sociais te tenho por perto. Por dificuldades de morar no interior de dificil acesso as cidades e correios nao tenho nenhum de seus cordeis, é um sonho poder ter em maos seus escritos que tanto me inspira. agora minha irma mora na cidade e gostaria muito muito que voce entrasse em contato comigo para pedir seus cordeis. Instagram @ita.tabajara 11 977421020 Auritha Tabajara. Forte abraço guerreira.
ResponderExcluirOlá, Aurita! Bom dia! Somente agora vejo sua mensagem. Na atualidade a maioria dos meus cordéis estão aqui no blog, disponível gratuitamente. Estamos sem recursos para imprimir, pois são tantos....quem sabe aparece uma editora querendo nos apoiar? Abraço e obrigada pelas duas palavras
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